Em carta de doação da vila de Aljustrel à Cavalaria de Santiago, datada de 31/3/1235, Sancho II já se lhe dirige nestes termos: a vós, Paio Peres, comendador de Alcácer: «vobis Pelagio Petri commendatori de Alcacer»(1).
Ser comendador nessas paragens era então, para este jovem e aguerrido espatário, um grande desafio. Desafio que ele largamente venceu.
Provavelmente sob o seu impulso, a reconquista ganha nova dinâmica. As vitórias cristãs sobre os Mouros multiplicam-se (Moura e Serpa devem ter sido conquistadas em 1232; Aljustrel, em 1234; Mértola e Alfajar de Pena, em 1238; Aiamonte e Cacela, em 1239 ou 1240; Alvor, em 1240 ou 1241; Tavira e Paderne, em 1242).A ser assim, o autor da cantiga de escárnio é mesmo muito injusto com este novel espatário.
(1) A Aljustrel há-de Paio Peres Correia dar foral, em 1252. Veja-se a parte inicial do documento:
Esta é a carta de foro que mandámos fazer, eu, D. Paio Peres, pela graça de Deus Mestre da Ordem da Cavalaria de Santiago, juntamente com Gonçalo Peres, comendador de Mértola, com o convento do mesmo lugar, a vós, povoadores de Aljustrel tanto presentes como futuros: damo-vos pois o foro e o costume de Alcácer (...)
Na imagem, pormenor do castelo de Alcácer so Sal.
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